Em momentos serenos e alegres,
todos somos plácidos, tomamos atitudes conscientes e temos certeza das palavras
a serem ditas e das atitudes a serem tomadas. Afinal, estamos com todas as
emoções equilibradas e agindo não por instinto, mas com uma razão “pensada”,
uma razão vinda da paz do nosso interior. Seria como dizer que nos bons
momentos da vida, estamos “sãos”, lúcidos. Conseguimos ser maduros nos momentos
calmos. Sabe por que conseguimos dar conselhos quando o problema não é conosco?
Porque a nossa emoção não está abalada, os pensamentos não são como um mar
agitado – pensamos serenamente. Pensamos. E a pessoa que está a escutar o
conselho, está com a emoção sobrecarregada, se for um caso extremo até os
pensamentos desaparecem.
O que quero dizer é que só
podemos avaliar a maturidade de uma pessoa nos seus momentos mais difíceis, nos
momentos de dores e angústia. As pessoas mais inteligentes são as que conseguem
tirar algo de bom da dor, são as que conseguem usar a dor para refletir,
aprender e buscar soluções. Quando algo nos incomoda, quando estamos tristes,
deveríamos pensar: Como posso ser livre dessa tristeza? Como encontrar uma
solução para esse problema? Eu devo continuar assim, me prender a dor que além
de bloquear meus pensamentos ainda faz com que eu me paralise ou devo resolver
meus problemas, me levantar e fazer algo?
Temos o dom de pensar. Deveríamos
usa-lo a todo momento. Nos momentos mais difíceis, não deveríamos nos isolar,
ficar nos lamentando e reclamando, fazendo birra, tentando encontrar algo ou
alguém para colocar a culpa, nos apegar em pequenas besteiras para sofrer mais.
Devemos parar e nos encher de perguntas e ainda responder a nós mesmos: como
isso começou? Por que estou assim? Qual a causa? Como resolver esse empecilho?
Criando o hábito de estimular o
pensamento, teremos maturidade em todos os momentos da nossa vida para
conseguir gerenciar as nossas emoções e não deixar que os obstáculos e a
tristeza nos afetem.
Lily.
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