sábado, 31 de agosto de 2013

Análise da Inteligência de Cristo - 1 - O Mestre dos Mestres

Li esse livro e achei incrível. Por isso vou colocar aqui alguns trechos que separei, quem sabe vocês não se interessem para ler também?

O Mestre do s Mestres é o primeiro volume da coleção Análise da Inteligência de Cristo, do escritor Augusto Cury. É um estudo do comportamento de Jesus sob o ponto de vista da psicologia. Augusto Cury era ateu, até que ele descobriu que a mente de Jesus era tão perfeita que não poderia ter sido inventada por uma pessoa, porque a gente age através da emoção. Ele não, mesmo quando Ele foi traído, ele não puniu nem entregou Judas, ele só não queria perder um amigo.

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Ouvistes o que foi dito: amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo. Eu porém vos digo: Amai os vossos
inimigos e orai pelos que vos perseguem. Se amardes os que vos amam, que recompensa tereis? (Mateus 5:44)

“Com essas palavras, Cristo atingiu os limites mais altos e, ao mesmo tempo, mais impensáveis do amor, da tolerância e do respeito humano.”

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Quando Cristo falou em você vender tudo o que tem para alcançar a vida eterna ou a alegria, ele queria que você se desprovesse de riqueza para ter uma revolução interior. Quantos ricos tem tudo e não sorriem, nem são felizes?

“A esse respeito, o mestre contou a história de um homem que encontrou uma pérola preciosíssima. Esse homem vendeu o que tinha para adquiri-la (Mateus 13:45-46). O ato de vender, aqui, é figurado, não significa vender os bens materiais, mas desobstruir a inteligência, o espirito humano, desfazer-se das coisas inúteis, para poder cultivar a pérola dentro de si mesmo.

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Todos devem ter a postura intelectual de uma criança, que é aberta, sem preconceitos e com grande disposição de aprender (Marcos 10:15)
Faz bem a saúde do cérebro e a saúde psíquica colocar-se como aprendiz diante da existência. Essa característica não tem relação com a idade. Há jovens que são velhos, por serem engessados e rígidos intelectualmente. Há velhos que são jovens, por serem livres e sempre dispostos a aprender. Tal característica é mais importante do que a genialidade. É possível ser um gênio e ser apenas um mero baú de informações, sem nenhuma criatividade.

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Para o Mestre dos Mestres, ninguém é indigno e desclassificado por qualquer condição ou situação. Uma prostitua tem o mesmo valor que um moralista. Uma pessoa iletrada e sem qualquer tipo de cultura formal tem o mesmo valor que um intelectual, um versado escriba. Uma pessoa excluída tem o mesmo valor que um rei.
Os coletores de impostos eram odiados e as prostitutas eram apedrejadas na época. Todavia, o plano transcendental de Cristo arrebata a psicologia humanista. Nele todos se tornam indistintamente seres humanos. Nunca alguém considerou tão dignas pessoas tão indignas. Nunca alguém exaltou pessoas tão desprezadas. Nunca alguém incluiu tanto pessoas tão excluídas.

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As necessidades matérias básicas que garantem a sobrevivência – como moradia, saúde e alimentação – tendem a prevalecer sobre as necessidades psicológicas. Quando as necessidades básicas são atendidas, elas tendem a libertar o pensamento e expandi-lo para expressar a arte. (...) Raramente as pessoas se interessam em pensar quando precisam lutar para sobreviver. Raramente o mundo das ideias se expande quando o corpo é pressionado pela dor da fome, quando a vida é castigada pela miséria. Porem, Cristo rompeu esse paradigma. Ele induziu as pessoas da sua época, tão castigadas pela miséria física e psicológica, a ter fome do saber que transcendia as necessidades básicas de sobrevivência.

Se olharmos para a miséria do povo de Israel, constataremos que Cristo não veio na melhor época para expor seu complexo e audacioso projeto de transformar o ser humano. As pessoas na época de Cristo estavam preocupadas em se alimentar e não em pensar, porém descobriram que não dó de pão vive o ser humano.
Muitos investem boa parte de sua energia física e psicológica em aplicar dinheiro nas bolsas de valores, em adquirir bens materiais. Apesar de legitima, a segurança financeira é totalmente insuficiente para satisfazer as necessidades mais intimas do ser humano, para dar sentido a sua existência, enriquecer seu prazer de viver e amadurecer sua personalidade.


Todos elogiam a primavera e esperam ansiosamente por ela, pois pensam que as flores surgem nessa época do ano. Na realidade, as flores surgem no inverno, ainda que clandestinamente e se manifestem na primavera. A escassez hídrica, o frio e a baixa luminosidade do inverno castigam as plantas, levando-as a produzir metabolicamente as flores que desabrocharão na primavera. O caos do inverno é responsável pelas flores da primavera.

Toda e qualquer pessoa passa por turbulências em sua vida. Um rei pode não ter problemas financeiros, mas pode ter problemas internos. A princesa Diana era elegante e humanística e não atravessava problemas financeiros, mas pelo que conta, possuía dores emocionais intensas, sofria crises depressivas. Talvez sofresse mais do que muitos miseráveis da África ou do Nordeste brasileiro.

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Certo dia, Jesus teve um dialogo curto e cheio de significado com seus discípulos. Disse: “No mundo passais por várias aflições, mas tende bom ânimo, pois eu venci o mundo.” Ele reconheceu que a vida humana é sinuosa e possui turbulências inevitáveis, encorajou seus íntimos a não se intimidarem diante das aflições da existência, mas se equiparem com animo e determinação para supera-las. Disse que tinha vencido o mundo, superado as intempéries da vida, o que indica que ele não vivia sua vida de qualquer maneira, mas com consciência, com metas bem estabelecidas, como se fosse um atleta.

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Cristo usava a memória humana como um alicerce intelectual para que seus discípulos se tornassem pensadores. Não apreciava uma plateia passiva. Por isso, gostava de instigar e provocar (Lucas 10:25-37)
Seus ensinamentos eram amis difíceis de compreender do que os de matemática, física e química, pois envolviam questões existenciais, ansiedades, expectativa de vida, os pensamentos mesclados com as emoções. Esse era mais um motivo pelo qual ele expressava que era mais importante transmitir informações qualitativas do que quantitativas. Por isso, nas suas interessantes histórias, ele dizia muito com poucas palavras. Ás vezes, quando queria fazer uma crítica contundente aos seus ouvintes, em vez de ser indelicado com eles, contava uma história ou uma parábola para fazê-los pensar.

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Quando queria demonstrar que era contra qualquer tipo de discriminação, economizava no discurso e tinha

atitudes inesperadas. Se queria demonstrar que era contra a discriminação por razões estéticas ou doenças contagiosas, ia fazer suas refeições na casa de Simão, o leproso.

Participamos de eventos sociais, brincamos, sorrimos, mas frequentemente estamos sós. Falamos muito do mundo em que estamos, discorremos sobre politica, economia e até sobre a vida de muitos personagens sociais, mas não falamos de nós mesmos, não trocamos experiências existências.

Quem não se interioriza não aprende a discutir com liberdade e honestidade os seus próprios conflitos, dificuldades, metas e projetos abandona-se a si mesmo na trajetória existencial.
Vivemos numa sociedade tão estranha que não achamos tempo nem para nós mesmos.

Muitos revelam o time esportivo para o qual torcem, a ideologia política á qual aderem, a corrente psicoterápica ou educacional que seguem, pois gostam de exalta-los. Cristo gostava de exaltar sua origem humana, pois a apreciava. É muito raro ouvirmos alguém dizer que está alegre por ser humano, mas ele proclamava isso com satisfação: ser o “filho do homem”.

O que representava ser um amigo para Cristo? Para ele os amigos possuíam intimidades, conheciam os segredos ocultos do coração, trocavam experiências existenciais. (João 15:45).

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Seus discípulos o consideravam tão grande que para eles Cristo estava nos “céus” e eles estavam aqui na terra como simples aprendizes, servos.

Diante disso, chegou o momento de esse mestre intrigante dar-lhes uma lição inesquecível. Quando todos o colocavam nas alturas, inatingível, ele subitamente se inclinou em silêncio, chegando ao nível dos pés dos seus discípulos. Tomou calmamente uma toalha, colocou-a sobre os ombros, pegou uma bacia de água e, sem dizer palavra alguma, começou a lavar os pés deles (João 13:4-5). Que cena impressionante! Que coragem e despojamento!

Nunca houve quem, sendo considerado tão grande, se fizesse tão pequeno. Nunca ninguém com o indescritível status de Deus fez um gesto tão humilde e singelo!

Como pode alguém dizer que tem o segredo da eternidade e se humilhar a ponto de lavar os pés de simples pescadores galileus que não tinham qualquer qualificação social e intelectual? 

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E então, esses trechos despertaram uma curiosidade ou um sentimento maior pela história de Jesus Cristo?


Lily.

Um comentário:

  1. Bom dia, amiga
    Gostei muito da dica de leitura e do autor.
    bjs e sucesso!
    Lúcia

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